Minha foto
Umuarama, Paraná, Brazil
Arquiteta Especialista em Design de Interiores, apaixonada por arquitetura, arte, moda, música, design e cinema. É parte integrante do Corpo Docente da UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE, no curso de Arquitetura e Urbanismo. Seu escritório está localizado na Av. Maringá, 5046 - Edifício Ravel Tower, na cidade de Umuarama, no Paraná. A arquiteta prima por projetos sofisticados, exclusivos e adaptados às mais diversas necessidades de seus clientes.

sábado, 23 de outubro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre Pop Art

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini comenta sobre o tema - Pop art como desmistificação da arte.

A pop art, ou arte popular, foi um movimento artístico que se desenvolveu no final da década de 50, tanto na Inglaterra, como nos E.U.A. para reagir ao expressionismo abstrato da década de 40, que dominava a estética desde o final da segunda guerra, reforçando a individualidade e a expressividade do artista e rejeitando os elementos figurativos.


Assim, com o intuito de renovar a arte da época, os artistas do Independent Group passaram a estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos Estados Unidos, transformando-os nas temáticas para suas obras de arte. Desta forma, representavam os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX.


A ideia primordial era gerar uma arte figurativa com base na iconografia da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da publicidade, fazendo com que o sentido e os símbolos da Arte Pop fossem universais e facilmente reconhecidos por todos, eliminado e contrariando a barreira entre a arte erudita e a arte popular. Latas de refrigerante, embalagens de alimentos, histórias em quadrinhos, bandeiras, panfletos de propagandas e outros objetos serviram de base para a criação artística deste período.


Porém, o objetivo era muito maior: criticar ironicamente o consumismo e o materialismo excessivo da sociedade da época. Desta maneira, os artistas reproduziam os objetos do cotidiano em tamanho maior, transformando e modificando o real em “hiper-real”.


Os principais signos estéticos eram utilizados com cores fortes, fluorescentes, brilhantes, vibrantes e inusitadas, através de colagens, repetições e outras técnicas que faziam alusão à produção industrial, utilizando materiais como o gesso, a tinta acrílica, o poliéster, o látex, entre outros.


Nomes como Eduardo Luigi Paolozzi, Richard Smith e Peter Blake são alguns exemplos do grupo britânico. Já Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Claes Oldenburg, James Rosenquist e Tom Wesselmann surgem como os principais representantes da arte pop em solo norte-americano.


Entre o meio artístico sempre houve discussão se a arte pop era ou não considerada arte, pois a mesma tinha um apelo comercial, e gerava controvérsias quanto a ser ou não ser uma verdadeira arte.




As opiniões eram diversas. Os artistas eruditos defenderam que uma arte publicitária não deveria ser considerada arte devido aos fins ao qual foi feita, já nascendo sob a ótica e a concepção das vendas.
Porém, é neste ponto que se inicia uma nova ironia. Será que os artistas tradicionais da época estavam distantes de conceberem suas obras para serem vendidas? Pois a partir do momento em que o mecenato é extinto, os artistas dependiam dos comerciantes para obterem seus ganhos e lucros. Porém, a diferença é que nem todos podiam esperar pela sorte de terem suas obras aceitas em museus de renomes e se tornarem rentáveis.



A opção pela Pop Art surge justamente neste cenário em que artistas não conseguiram obter sucesso imediato na cena artística, porém, se destacaram no movimento dos caminhos da cultura popular, buscando novas formas de trabalhos artísticos, como a pintura de cartazes, colagens para anúncios publicitários e desenhos de anúncios de produtos. E foi através deste contato com a cultura comercial que eles passaram a perceber uma nova concepção de arte.


Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres

O épico passou a ser substituído pelo cotidiano e o que se produzia em massa passou a receber a mesma importância do que era único e exclusivo. O que era considerado vulgar, banal e kitsch passou a se tornar refinado e interessante.

Projeto: Arquiteta Michelle Faura Ferrarini
Foto: Caio Peres

Já que o cinema, o design e a coca-cola faziam parte do dia-a-dia desses artistas, por que não enxergar estes elementos sob uma ótica artística? E foi com este pensamento que se iniciou o desaparecimento dos conceitos de "arte elevada" (para os ricos) e "arte vulgar” (para os pobres).


Os artistas da Pop Art lutaram e afirmaram sua arte como sendo uma verdadeira arte, apesar da publicidade, da propaganda e do apelo comercial, pois o processo desta arte dependia da criação artística , assim como ocorria na “arte pela arte”.


O movimento da arte pop foi um dos que mais contribuiu para desmistificar a idéia de que a arte era somente “para poucos”, aproximando a arte às massas populares.


Não só a cultura popular se torna uma temática de arte, mas também, a arte passa a ser integrante e atuante na cultura popular.



Graças a Pop Art, os filmes e as fotografias passaram a ser expostos em museus e exposições internacionais, ganhando vida e fazendo parte da nova cultura popular.

2 comentários:

  1. Boa tarde, adorei seus trabalhos, são perfeitos...
    Exclusividades e criatividade são sua sombra rsrsrsr , parabéns bjs

    ResponderExcluir
  2. Nossa que trabalhos lindos!!!

    Amei!

    ResponderExcluir