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Umuarama, Paraná, Brazil
Arquiteta Especialista em Design de Interiores, apaixonada por arquitetura, arte, moda, música, design e cinema. É parte integrante do Corpo Docente da UNIPAR - UNIVERSIDADE PARANAENSE, no curso de Arquitetura e Urbanismo. Seu escritório está localizado na Av. Maringá, 5046 - Edifício Ravel Tower, na cidade de Umuarama, no Paraná. A arquiteta prima por projetos sofisticados, exclusivos e adaptados às mais diversas necessidades de seus clientes.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre Estofados

No artigo abaixo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica sobre a evolução do sofá ao longo do tempo e dá algumas dicas sobre a composição de um ambiente utilizando os estofados.


Um dos tipos de estofados mais utilizados em nossas residências é o sofá. Originalmente, o sofá era empregado como trono dos governantes árabes e desde a antiguidade era utilizado pelos nobres do Oriente Médio, sendo considerado um móvel elitista.

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Os romanos usavam o sofá juntamente com o “comedor”, conhecido atualmente como sala de jantar. Três sofás eram colocados ao redor de uma mesa baixa para que os homens pudessem descansar enquanto comiam. Uma curiosidade da época é que homens e mulheres ainda não exerciam direitos iguais, portanto enquanto os homens sentavam-se confortavelmente, as mulheres usavam cadeiras convencionais.

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Somente no século XIX, quando a revolução industrial espalhou-se pelo mundo, o sofá deixou de ser um artigo voltado somente para a elite e se converteu em um objeto imprescindível a ser inserido nas casas de cidadãos de classe média e baixa.



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Desde então, o sofá sofreu várias modificações, tanto em seu uso, como em seu design. Assistir televisão, descansar e relaxar, sentar, deitar, e até comer, são algumas atividades da vida familiar que contam com a presença do sofá.


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No interior de uma residência, o sofá deve se harmonizar com o ambiente e com a decoração e pode ser usado em outros cômodos além das salas, como quartos e áreas de lazer. Portanto, escolher um móvel adequado ao espaço disponível é fundamental.

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Existem no mercado três tamanhos básicos de sofás que podem ser utilizados: pequenos, médios e grandes.
Para espaços menores, procure utilizar móveis compactos para manter a proporção. A dica é seguinte: não encoste os móveis uns nos outros, nem nas paredes. Sempre deixe um espaço livre entre eles para seu ambiente parecer maior. Complemente o cômodo com o uso de poltronas ou cadeiras de apoio para liberar espaço.

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Quando se tem um pouco mais de espaço disponível, não se deve esquecer que além de preencher espaços com móveis, deve-se pensar nos espaços vazios. Transmitir sensação de amplitude e fluidez é importante para proporcionar aconchego aos usuários. Procure deixar uma boa circulação entre os móveis para não causar uma sensação claustrofóbica no ambiente. A dica fica por conta do mobiliário utilizado na frente do sofá, que de preferência, não deve ultrapassar sua largura.


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Para espaços generosos em que a proposta é acomodar um bom número de pessoas confortavelmente, pode-se utilizar um grande sofá em L. Nesses casos, várias composições são possíveis, através do uso de sofás, um par de poltronas, mesas de centro e laterais, pufes, tapetes, vasos de plantas naturais e outros elementos de decoração. A dica se dá por meio dos espaços de circulação, que devem respeitar o mínimo de 50 cm entre os estofados e a mesa de centro.

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Outro tipo de estofado muito utilizado são as poltronas, conhecidas também como “cadeirão” ou “cadeira-de-braços”. Esse tipo de móvel nada mais é do que uma espécie de cadeira almofadada, e por ser mais compacto que o sofá, é utilizado nos mais diversos ambientes: salas de estar e visitas, escritórios, dormitórios, home theaters, salas de banho, salas de jantar.

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Os estofados em geral podem receber diversos tipos de revestimento: tecidos permeáveis ou impermeáveis, couro natural ou sintético. Lembre-se que se o sofá ficar exposto às intempéries deve-se utilizar tecidos impermeáveis e de preferência uma cor clara e lisa, pois tecidos estampados e coloridos podem sofrer alterações de cor com o sol. Outra opção é utilizar materiais sintéticos próprios, como o couro náutico, por exemplo.  Não utilize o couro sintético comum (corvim) em áreas abertas, pois em contato com o sol o material pode trincar.
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Uma dica para conservar mais os tecidos de estofados de áreas externas, independente do tipo de tecido, é guardar as almofadas dentro de casa quando não estiver utilizando o móvel.

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Já para os usuários que possuem animais de estimação, existem tecidos que são mais resistentes e exigem apenas um pano úmido na limpeza, como sarja e brim, ou seja, tecidos com a trama mais fechada. Tecidos mais lisos como o couro, couro vegetal ou sintético e outros impermeáveis são vantajosos, pois são práticos e resistentes à remoção de pêlos. Outra dica é evitar o uso da seda, pois é muito delicada nesses casos.



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Além de ser uma tendência, as capas para sofás são uma excelente opção para quem tem criança em casa. Assim como uma vestimenta, seu estofado pode adquirir uma aparência diferenciada a cada semana. A manutenção é fácil e simples, podendo ser feita com o auxílio de uma máquina de lavar roupas.

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As mantas são outra opção interessante. Escolher um tecido agradável ao toque e que não escorregue, são preceitos fundamentais. Prefira as fibras naturais e faça uma arrumação simples: dobre a manta em formato retangular e coloque-a em um braço do sofá ou em um canto.

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Almofadas também podem ser facilmente trocadas se o usuário gosta de mudar o visual de seu ambiente com freqüência.  Dê preferência a um estofado de cor lisa e brinque com as cores das almofadas. Seu sofá deve adquirir sua personalidade, podendo ser mais clássico, moderno, sério ou divertido! Use e abuse de sua criatividade! 
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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre Ergonomia

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explica sobre os conceitos e aplicações da ergonomia aplicada ao mobiliário e a arquitetura de interiores.


A ergonometria ou ergonomia é uma ciência que surgiu para melhorar a relação existente entre o meio ambiente e o homem, considerando as características físicas do corpo humano, a fisiologia e até fatores psicológicos, a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema.

Fonte: http://mesquita.blog.br

Qual o espaço necessário para que uma ação possa ser realizada tranquilamente? Ou ainda, qual o espaço que uma pessoa precisa para sentar-se confortavelmente em uma cadeira ou em um sofá? Estas simples perguntas são respondidas através de estudos de ergonomia (medidas anatômicas ideais), que devem ser utilizados como base para criação de espaços mais funcionais e humanos, devendo ser aplicados tanto no design como no mobiliário.

Fonte: http://acervodeinteriores.com.br

Através do nosso próprio corpo são estabelecidas relações de altura, largura, alcance dos braços, campo de visão, ou seja, relações com o meio em que vivemos, e que nos proporcionam medidas mínimas para que possamos executar atividades sem comprometer o espaço ao redor, adequando às habilidades, necessidades e limitações dos usuários.

Fonte: http://hypedesire.blogtv.uol.com.br

Devemos lembrar que as características humanas não são medidas-padrão, pois podem diferir de acordo com diferentes nacionalidades. Muitas vezes ao considerarmos uma mesma família iremos notar que existem pessoas com estaturas diferentes, e nesses casos, o recomendável é observar as medidas máximas e mínimas para estabelecer bases para diversos locais, conforme as necessidades.

Fonte: http://api.ning.com

Para circulações, a medida da largura dos ombros determina o espaço mínimo necessário para que uma pessoa caminhe e movimente suas articulações. A partir dessa medida, chega-se a vãos necessários à passagem de uma ou mais pessoas. Além disso, devemos considerar também que muitas vezes por uma circulação faz-se preciso a passagem de móveis, malas, caixas, que serão distribuídos em outros ambientes. Portanto, uma boa largura para circulações residenciais é 1,00 m.

Fonte:http://observador.blogbrasil.com

Nos dormitórios são realizadas várias atividades além do ato de dormir. Assistir televisão, arrumar a cama, ler e vestir-se são ações que precisam de espaço para serem desempenhadas. Segundo Miriam Gurgel, uma circulação mínima de 60 cm ao redor da cama ou entre 2 camas é recomendada. Quando não for possível respeitá-la, pode-se utilizar 50 cm em um dos lados da cama. O acesso ao guarda roupa é mais fácil se houver uma circulação livre de 1,00m. Esse espaço pode ser reduzido quando o roupeiro utilizar portas de correr.

Fonte:http://www.dportmodulados.com.br

Em cozinhas também existem medidas a serem obedecidas. Respeite aproximadamente 30 cm entre a altura do assento e da bancada. Por exemplo, para bancadas de 1,00 m de altura, utilize bancos de aproximadamente 0,70 cm.

Fonte:http://www.casasul.com.br

Em escritórios as referências ergonômicas são fundamentais, pois quando há uma incompatibilidade da estrutura corporal humana com a atividade a ser exercida, os usuários podem sentir desconforto, fadiga e cansaço visual. Esses sintomas podem gerar o comprometimento do rendimento e até o aparecimento de doenças, como é o caso da LER (lesão por esforços repetitivos).

Fonte: http://api.ning.com/

No caso do computador, são necessárias algumas medidas para que conforto e eficiência sejam proporcionados aos usuários:
·        Procure alinhar o centro da tela do monitor com a altura dos seus olhos. Se a tela estiver abaixo desta posição, colocar algum tipo de suporte, caixa ou mesmo livros para aumentar sua altura.
·        Evite colocar o monitor lateralmente à mesa de trabalho e procure deixá-lo sempre à sua frente, para que sua postura não fique comprometida.
·        Não fique muito próximo da tela do monitor. Mantenha sempre uma distância de aproximadamente 60 cm.
·        Utilize uma boa cadeira de escritório. Dê preferência às reguláveis e confortáveis. Suas costas devem ficar completamente retas (quadris formando 90° com as pernas) e apoiadas no encosto, enquanto a região lombar deve estar apoiada em um suporte especial e curvo, para que seu pescoço fique reto e penda ligeiramente para frente. É indicado também que os pés fiquem totalmente apoiados no chão. Quando sua altura não permitir, coloque um apoio sob eles.
·        Deixe um espaço considerável sob o tampo da mesa (72 à 75 cm) para que suas pernas possam se mover livremente sem que você se machuque.
·        Recentes estudos ergonométricos aconselham que o teclado seja posicionado a aproximadamente 75 cm do piso, ou seja, ele pode estar apoiado na mesma superfície que o monitor, sem precisar de pranchas de apoio exclusivo para teclado.
·        Garanta que o cotovelo esteja apoiado no braço da cadeira ou no tampo da mesa, para que sua musculatura fique relaxada.

Fonte: http://www.moveisparaescritoriosp.com.br


Fonte: http://www.rjnet.com.br

Fonte: http://www.moveisparaescritoriosp.com.br

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Arquitetura e Decoração: Artigo da Arquiteta Michelle Faura Ferrarini sobre Jardim Zen

Neste artigo, a Arquiteta Michelle Faura Ferrarini explora os conceitos e referências do jardim zen, ou jardim de meditação.


Um jardim zen ou “jardim seco” tem por objetivo maior a contemplação e meditação. Ele pode ser criado tanto em pequenos como grandes espaços, pois o importante não é o tamanho, mas os elementos que o compõem.

Fonte: http://omeujardim.com

Na criação de um jardim como este há três aspectos importantes que devemos considerar: espaço (físico), fluidez (liberdade) e simplicidade (materiais, plantas, texturas, cores). Porém, o importante é que dentro desses princípios, prevaleçam a paz e a tranqüilidade.

Fonte: http://www.vilaboadegoias.com.br

O primeiro passo é decidir o local em que o jardim será inserido. Pode ser disponibilizado um espaço no quintal ou trabalhar um jardim zen em miniatura, para colocar em cima da mesa de trabalho, por exemplo.

Fonte: http://www.itamaiatu.com.br

Adquira então alguns elementos que podem ser facilmente encontrados: madeira ou um recipiente grande, pregos, parafusos ou cola para madeira, ferramentas apropriadas para jardinagem, material de proteção contra ervas daninhas, ancinho, areia, gravilha, rochas, pedras e luminárias.
Depois, utilize a madeira para construir uma caixa que abrigue aproximadamente 10 cm de areia.
Uma das características do jardim zen é a pureza, limpeza, linhas simples, que seduzem os usuários. Portanto, se o jardim for executado no solo, deverá utilizar proteção contra erva daninhas para mantê-lo sempre limpo. Distribua então a areia e a gravilha utilizando o ancinho para ficar uniforme.

Fonte: http://temperodavida.files.wordpress.com

No jardim zen cada tipo de material tem um simbolismo: a areia e a gravilha representam a água que por sua vez simboliza paz e tranqüilidade de mente e espírito. As rochas são peças chaves na composição do jardim zen, simbolizando montanhas – elementos predominantes na natureza. 

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Junto às rochas devem ser acrescentadas pedras decorativas de cores, texturas e tamanhos diferentes. Elas devem ser parcialmente emergidas na areia e nunca ser colocadas no centro do recipiente, sempre dos lados e em números ímpares.

Fonte: http://www.arcoweb.com.br

Pequenos troncos, com ou sem musgos também devem ser colocados na composição. Um elemento verde como uma planta ou um bonsai, estátuas, lanternas, pontes ou elementos com água podem trazer tranqüilidade. O próprio ancinho é muitas vezes uma peça que decora o jardim.
Utilize luminárias ou velas para incrementar o jardim e criar um ar misterioso através do jogo de luz e sombras.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com

“Penteie” a areia com o ancinho e forme diversos padrões: um desenho comprido e curvado representa águas agitadas, enquanto as linhas retas simbolizam águas calmas. Altere o visual do jardim quantas vezes quiser, desfrute e contemple.

Fonte: http://www.bonsaicenter.com.br

O próprio trabalho de manutenção do jardim zen é uma atividade de lazer anti-stress e divertida. Contrate um Arquiteto para executar pela primeira vez o jardim e depois use sua criatividade: adicione ou retire elementos, altere o desenho da areia e adapte o jardim ao seu estado de humor e espírito. Aproveite!

Fonte: http://images3.wikia.nocookie.net